2015-09-24

Silêncio

Um momento irritante. Doloroso inicialmente. Libertador no final.
Não há ruídos. Apenas a gritante presença do vazio.
Uma circunstância que oferece uma única opção ao sujeito: Sentir!
Sinta suas falhas. Assuma suas fraquezas. Chore no final. 
Mas não perturbe o silêncio. Não é autocomiseração. É desabafo!
Sinta a insônia. Converse com as frustrações. Reveja as convicções.
Mas não perturbe o silêncio. Isso não é melancolia. É introspecção!
Sinta o hoje. Abandone o passado. Esqueça o amanhã.
Mas não perturbe o silêncio. Isso não é sobreviver. É autopreservação!
Sinta os amores vividos. Lamente os perdidos. Decepcione-se com a impulsividade!
Mas não perturbe o silêncio. Isso não é incompetência. É transparência!
Sinta a complexidade. Explore a sanidade. Desampare a intelectualidade.
Mas não perturbe o silêncio. Isso não é imaturidade. É temeridade!
Sinta a beleza imperfeita. Conceba a assimetria. Devore as paixões.
Mas não perturbe o silêncio. Isso não é arrogância. É autenticidade!
Finalmente,
Saboreie as tragédias. Satirize a felicidade. Viva a fantasia. Oblitere a realidade.
Isso não é alienação. É contradição!
Mas não perturbe o silêncio.

DarkMoon

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